Ainda indisponível no Brasil, o aplicativo foi revelado por Mark Zuckerberg no Instagram.
O Meta AI, já disponível no Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger, foi lançado na última terça-feira (29), como um novo aplicativo de assistente com inteligência artificial (IA), desafiando a OpenAI, dona do ChatGPT.
O app foi anunciado pelo CEO Mark Zuckerberg em um vídeo no Instagram e já está disponível nas lojas de aplicativos dos Estados Unidos. No entanto, ainda não há previsão de lançamento no Brasil, segundo a empresa.
O lançamento acirra ainda mais a competição no setor de IA, principalmente com o ChatGPT, que também funciona em um app próprio. No entanto, a grande vantagem da Meta é que a empresa já tem acesso aos seus dados (devido às redes sociais), o que ajuda a personalizar a tecnologia a seu gosto.
O aplicativo, além de responder às necessidades dos usuários, permitirá que eles criem e compartilhem suas publicações de IA, assim como ocorre em outras redes sociais do grupo.
“Um bilhão de pessoas já usam a inteligência artificial da Meta por meio de nossos aplicativos”, disse Zuckerberg, convidando as pessoas a testar o que ele chamou de “novo aplicativo independente” de IA da Meta.
Segundo ele, o aplicativo foi projetado “para ser sua inteligência artificial pessoal” e deve funcionar principalmente por comandos de voz, com interações adaptadas a cada usuário.

Vantagem do MetaAI para outras inteligências artificiais
A vantagem em relação ao ChatGPT e outros assistentes de IA é que a Meta já tem acesso aos dados dos usuários, através de informações compartilhadas nas outras redes sociais (como o Facebook e o próprio Instagram). Segundo a empresa, o resultado é que a ferramenta pode “[se basear] em informações que você já escolheu compartilhar nos produtos Meta”, como o tipo de conteúdo que você gosta e informações sobre seu perfil.
A opção de respostas personalizadas estará disponível apenas nos Estados Unidos e no Canadá.
Você também pode ‘ensinar’ a inteligência artificial. Por exemplo, se você mencionar que é intolerante à lactose, a ferramenta vai se lembrar disso na próxima vez que sugerir um restaurante ou te passar uma receita. Ou se você mencionar o nome de seus filhos, ele lembrará na próxima vez que o assunto vir à tona.
Vale lembrar que a Meta usa seus dados durante as conversas com o chatbot (então fique atento com o que você compartilha).

Meta aposta em IA colaborativa e lança feed interativo para impulsionar tendências
Em sua nova investida no universo da inteligência artificial, a Meta propõe uma abordagem inédita: transformar a experiência com assistentes virtuais em algo coletivo e interativo. O mais recente recurso lançado no aplicativo de inteligência artificial da empresa é o Discover Feed, um espaço inspirado no formato de redes sociais como o Instagram, mas voltado exclusivamente para interações com IA.
Neste feed, os usuários têm a possibilidade de compartilhar suas experiências com a inteligência artificial, como conversas, criações de imagem ou sugestões geradas pelo assistente. A proposta não é apenas mostrar o que a IA pode fazer, mas estimular a criatividade em comunidade, reforçando o aspecto social que sempre guiou os produtos da Meta.
Um exemplo oferecido pela própria empresa é o de uma usuária que pediu à IA que a descrevesse em três emojis. O resultado, além de inusitado, foi parar no Discover Feed — claro, mediante autorização do usuário. A ideia é simples: a interação se torna um conteúdo compartilhável, algo que pode inspirar outras pessoas a explorar novas maneiras de uso.
Essa funcionalidade visa potencializar a viralização de tendências criadas a partir da inteligência artificial, como ocorreu com o famoso filtro de estilo Studio Ghibli, que se espalhou pelas redes e alavancou o uso do gerador de imagens da OpenAI. A Meta parece mirar um resultado semelhante, com um diferencial: tornar o processo de experimentação e descoberta mais aberto e coletivo.
Ao combinar IA generativa com elementos clássicos de rede social, o aplicativo de inteligência artificial da Meta propõe uma nova dinâmica de uso — menos utilitária e mais criativa, colaborativa e cultural. O feed Discover é um convite à experimentação, e ao que tudo indica, pode ser o caminho para uma nova onda de engajamento com assistentes virtuais.